Por: Alessandre Tramontim
Na área do emagrecimento se vê de tudo: em um extremo há a indicação antiética de medicamentos, a obtenção deles no mercado negro, e do outro extremo existem os casos onde há necessidade de medicação e esta está sendo negligenciada por quem está acompanhando o obeso.
De pronto, somos favoráveis a se estabelecer hábitos saudáveis de vida como alimentação adequada e atividade física. Entretanto a postergação do tratamento efetivo, em alguns casos, pode ser prejudicial o paciente, pois a obesidade pode levar a outras doenças.
A princípio muitos obesos perdem peso quando mantidos sob dieta rigorosa, mas um grande percentual acaba recuperando a gordura perdida no longo prazo. Por esta razão, atualmente, o tratamento do sobrepeso e obesidade não tem mais o caráter subjetivo, facultativo ou ideológico; ao contrário, ele tem bases científicas sólidas e guias de prescrição definidos.
As diretrizes sobre o tema demarcam as indicações com base no índice de massa corporal, doenças associadas (em especial: hipertensão, alteração dos níveis de gorduras e açúcar no sangue, artrose ou apneia do sono) e em outros quadros clínicos patológicos associados como a compulsão alimentar.
Desta forma, a base da prevenção e do manejo não farmacológico continuam: dieta, exercícios e eventualmente psicoterapia. Entretanto em especial nos casos de circunferência abdominal aumentada, histórico de doenças associadas e falha no manejo apenas com dieta e exercícios, a investigação de doenças associadas com a obesidade precisa ser feita e o tratamento medicamentoso iniciado.
Concluindo, é necessário uma abordagem completa do obeso que inclui plano alimentar, exercícios, mudança comportamental e medicamentos a fim de se obter bons resultados e qualidade de vida a longo prazo.
Dr. Alessandre Tramontim
Médico Nutrólogo
CRM SC 9036 RQE 13049
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