Surya Namaskar, a Saudação ao Sol, te leva ao centro do seu ser

Por: Maria Luiza Guerra Amigos, depois que escrevi um pouco sobre os oito pilares que compõem o yoga é a hora da prática. É no início dela que vamos nos deter. Onde uma das mais belas sequências de asanas (posturas) acontece: o Surya Namaskar A, que é a Saudação ao Sol. São inúmeras as interpretações […]

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Por: Maria Luiza Guerra

Amigos, depois que escrevi um pouco sobre os oito pilares que compõem o yoga é a hora da prática. É no início dela que vamos nos deter. Onde uma das mais belas sequências de asanas (posturas) acontece: o Surya Namaskar A, que é a Saudação ao Sol. São inúmeras as interpretações a respeito desta sequência, mas uma coisa é certa, venerar o astro rei nos emociona e nos toca. A primeira vez que a fazemos, parece que os movimentos não combinam, mas a medida que o tempo passa e você se familiariza com o Surya, cada movimento se torna lógico e essencial para o ciclo de veneração.

O Surya Namaskar A é a sequência com a qual inicio minha prática e também a de muitas pessoas que conheço. Para começar, você precisa estar com uma roupa leve. O indicado é que a prática de yoga aconteça em um ambiente tranquilo e limpo. O tapete de borracha é o mais confortável. Agora que você já está vestido e em cima do tapete, chegue bem à frente e una as palmas das mãos em frente ao peito. Respire fundo, até que sua respiração fique equânime. Sinta a planta dos pés no chão, observe seu corpo. Inspire e sinta o peito inflando. Perceba este milagre.

Ao inspirar você eleva os braços acima da cabeça e olha para as mãos, exale e dobre o tronco a partir do quadril colocando as mãos no chão, o olhar vai para os joelhos (Uttanasana). Inspire e somente olhe a frente, estendendo a coluna. Ao exalar, relaxe o tronco e olhe novamente para os joelhos. Ao inspirar estenda para trás a perna esquerda, depois a direita, e, em prancha, desça com o corpo até o chão. Apoiando as mãos no chão, a frente dos ombros, inspire e eleve o tronco como se fosse uma cobra (Bhujangasana). Na exalação, desça. Inspirando, se coloque na posição de quatro e, em seguida, sente nos calcanhares exalando, testa no chão, mãos a frente, palmas voltadas para baixo. Inspire, fique novamente em quatro apoios e, ao exalar, estenda as pernas e eleve o quadril, como um cachorro que se espreguiça (Adho Mukha). Convido vocês a realizarem cinco respirações e, na última inspiração, levar o pé direito entre as mãos e, em seguida, o pé esquerdo, ficando em Uttanasana. Como no início, inspire e estenda a coluna olhando a frente, em seguida relaxe. Unindo a palma das mãos, você inspira e retorna a posição em pé, olhando para as mãos. Ao exalar, você desce os braços e as mãos ficam em prece em frente ao peito.

Você pode repetir a sequência três vezes. Em mente, sempre palavras de amor. Pelo menos tente, porque o yoga, sinceramente, as vezes te deixa louco. O yoga não mascara, esta filosofia, ao ser estudada e praticada, faz com que os véus da ilusão caiam. Conseguimos ver coisas que acreditamos ser ‘normal’ e nos obrigamos a refletir a respeito daquelas situações que ‘vamos levando’. Isso, porque o yoga te faz parar, respirar e coloca a atenção em você. A prática sai só se você quiser. O fator tempo começa a ser alterado na tua lógica. Você tem o tempo a seu favor. Respire, olhe para você. Se ame.

Maria Luiza Guerra – Santa Maria (RS) – jornalista e professora de yoga formada pela escola Yoga Nilaya Conhecimento e Espiritualidade.

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