Por: Dra. Gabrielle Adames
A Paralisia facial é a perda de movimentos da face, responsáveis por distúrbios psicológicos e prejuízo na qualidade de vida. Essa doença está associada a disfunção de um nervo que atua nos músculos do rosto, comprometendo o tônus muscular em repouso, as contrações voluntárias e involuntárias dos portadores e a expressão de emoções. As causas são diversas e podem estar associadas a um acidente vascular cerebral, infecções e traumas, no entanto na maioria dos casos o fator que desencadeia a paralisia facial é desconhecido. O quadro pode ser temporário ou permanente e exige acompanhamento médico para evitar possíveis complicações.
Com isso, os músculos faciais se tornam fracos e flácidos. Normalmente acontece apenas em um lado do rosto e pode acontecer de repente ou gradualmente durante anos e, dependendo da causa, pode durar pouco ou muito tempo.
Este distúrbio deixa sequelas em aproximadamente 30% dos pacientes e a Sociedade Brasileira de Neurologia estima que 80 mil brasileiros convivam atualmente com o problema.
A toxina botulínica tipo A é famosa pelo seu uso estético para corrigir marcas de expressão, rugas e deixar a pele com uma aparência mais jovem e bonita. No entanto, o uso dessa substância não se limita a beleza. A aplicação na paralisia facial facilita a contração da musculatura do lado onde o paciente sofreu a paralisia. Ao mesmo tempo, tenta dificultar a contração do outro lado, que acaba mexendo demais, para deixar o rosto mais harmônico.
Esse procedimento deve ser realizada por um médico dermatologista e o método é simples, rápido e não-invasivo. Ainda que os efeitos da toxina sejam temporários, mesmo após 180 dias da aplicação mais de 75% dos pacientes disseram estar satisfeitos ou muito satisfeitos com os resultados dessa terapia. Além disso, a aplicação da toxina nos pacientes com paralisia facial é considerada uma técnica segura.
O uso da toxina botulínica acarreta melhora da autoimagem e habilidade expressiva, gerando impacto social positivo e maior qualidade de vida para os pacientes submetidos ao tratamento e pode ser considerado um recurso indispensável e, até mesmo, o principal tratamento para os pacientes com paralisia facial.
Dra. Gabrielle Adames – Dermatologista pela SBD
Porto Alegre/RS e Capão da Canoa/RS – CRM:36153 – RQE:31040
@gabrielleadamesdermato