Benefícios da vitamina D

Por: Gabrielle T. Adames O único benefício reconhecidamente relacionado à vitamina D é sua relação com a saúde óssea por meio da participação no metabolismo do cálcio. Níveis adequados de vitamina D estão relacionados à prevenção do raquitismo e da osteoporose. A definição de deficiência de vitamina D, baseada nos níveis séricos 25 (OH) D, é motivo […]

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Por: Gabrielle T. Adames

O único benefício reconhecidamente relacionado à vitamina D é sua relação com a saúde óssea por meio da participação no metabolismo do cálcio.

Níveis adequados de vitamina D estão relacionados à prevenção do raquitismo e da osteoporose.

A definição de deficiência de vitamina D, baseada nos níveis séricos 25 (OH) D, é motivo de controvérsia na literatura. Valores acima de 30 ng/ml (> 75 nmol/l) são considerados como satisfatórios por todos os autores, pois cobrem a necessidade de mais de 97,5% da população. Níveis inferiores a 20 ng/ml (< 50 nmol/l) podem ser consensualmente considerados como deficiência de vitamina D.

A controvérsia relaciona-se aos valores compreendidos entre 20 e 30 ng/ml, nos quais alguns autores definem uma situação intermediária, denominada de “nível insatisfatório”.

Dados epidemiológicos mundiais mostram que somente cerca de 30% dos indivíduos apresentam índices de vitamina D menores que 20 ng/ml e, portanto, podem ser classificados como deficientes, de forma consensual.

A radiação ultravioleta do tipo B (UV-B), com pico de ação em 296 nm, atua no metabolismo da vitamina D na pele. A partir daí, uma sequência de reações metabólicas de hidroxilação vai ocorrer no fígado e nos rins.

Em um país com altos níveis de insolação, como o Brasil, poucos minutos de exposição ao ambiente externo, qualquer que seja o clima, somente de mãos e face, seriam suficientes para a produção de vitamina D.

Em relação ao horário de exposição ao Sol, sabemos que o nível de radiação UV-B é maior no período de maior risco para o câncer da pele, entre 10h e 15h, não justificando a exposição solar durante esses períodos, particularmente com a intenção de produção de vitamina D. A exposição ao Sol, de forma intencional e desprotegida, não deve ser considerada como fonte para a produção de vitamina D ou para a prevenção de sua deficiência.

Sabemos que o uso adequado de fotoprotetores reduz de forma significativa a quantidade de radiação UV-B que atinge a superfície cutânea, podendo, desta maneira, interferir teoricamente na produção de vitamina D. Entretanto, na prática, sabemos que o uso regular de fotoprotetores não leva à deficiência de vitamina D.

A possível justificativa encontrada seria a de que, pelo fato de os usuários não aplicarem o protetor solar na quantidade adequada e com a frequência e regularidade recomendadas, uma quantidade suficiente de radiação UV-B atingiria a superfície da pele para a produção de vitamina D.

Pacientes considerados como sendo de risco para o desenvolvimento de deficiência de vitamina D devem ser monitorados por exames periódicos e podem utilizar fontes dietéticas ou suplementação vitamínica para a prevenção de deficiência de vitamina D.

São considerados fatores de risco para o desenvolvimento de deficiência de vitamina D:

Lactentes recebendo amamentação exclusiva.

Idosos (pele envelhecida produz menos vitamina D).

Indivíduos com baixa exposição ao Sol.

Condições climáticas extremas.

Uso rigoroso de medidas de fotoproteção.

Cobertura da pele por práticas religiosas.

Pessoas com pele escura (fototipos V e VI).

Pacientes com síndrome de má absorção.

Obesos mórbidos.

Dra. Gabrielle T. Adames – Dermatologista

Membro da SBD – Porto Alegre/RS, Santa Maria/RS e Capão da Canoa/RS.

 

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